A Secretaria Estadual de Saúde determinou que a comissão de Controle, Avaliação, Recuperação e Auditoria (Ducara) realize uma auditoria em todos os hospitais regionais e estaduais do Piauí. Depois de feito os relatórios, a Procuradoria Geral do Estado, se constatada irregularidades, está orientada a proceder a abertura de inquéritos contra os gestores e processo por improbidade administrativa responsabilizando os diretores civil e criminalmente, pedindo ainda o ressarcimento dos recursos que forem desviados.
A auditoria deve ser realizada de três em três meses a Ducara, com membros da Controladoria Geral do Estado (CGE), auditores, Secretaria de Administração e Procuradoria, farão acompanhamento sistemático de todos os hospitais regionais e estaduais.
Segundo informações do Superintendente da Secretaria de Saúde, Ernani Maia, existem problemas e irregularidades em vários hospitais do Estado. A Ducara já iniciou as auditorias e inspeções. Foram feitas vistorias em hospitais como Corrente, Picos, Uruçuí e outros, que já estão sendo adotadas as providências cabíveis.
A constatação da comissão é que o funcionamento destas unidades de saúde são precárias. Os hospitais não atendem a demanda e faltam plantonistas, faltam medicamentos, e estrutura básica para manterem o funcionamento no dia a dia. A Secretaria de Saúde levantou a situação de dez hospitais regionais, 17 hospitais estaduais e mais de 80 hospitais municipalizados. Ainda tem as HPP (Hospitais de Pequeno Porte), além dos estaduais . Com essa quantidade de unidades de saúde, segundo a própria superintendência de saúde, não tem um que sirva de modelo para ser copiado para os demais.
Os hospitais com melhor funcionamento no Estado são os da capital e com raras exceções. Somente a Maternidade Dona Evangelina Rosa, o Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela e o Hospital Getúlio Vargas (HGV), na atual versão, teriam parâmetro para servirem como referência. "Nem os hospitais particulares do Estado têm condições de servir de modelo para ser copiado. O objetivo da Secretaria é dar condições de funcionamento para esses hospitais. Vimos situações onde não tinham médicos plantonistas, não tinham medicamentos, não tem UTI. Esses gestores devem ser responsabilidades pelos desmandos. Onde houver desvios, a Procuradoria vai abrir processo que podem resultar na demissão do servidor e na restituição dos recursos extraviados", finalizou Ernani Maia.
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