Presidente do Sindicato disse que delegados estão "moralmente feridos" com declarações do governo.
O presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil, delegado Lucy Keiko Leal, disse que as declarações sobre a possível extinção da Polícia Civil feriram moralmente também a classe de delegados, que também são policiais civis.
Lucy Keiko classificou como “aberração jurídica”, “uma insensatez” essas afirmações. “Não quero politizar a favor de ninguém. Mas, é incabível a declaração de extinguir a Polícia Civil, que é uma instituição com atribuições previstas na Constituição. Nenhum governador tem o poder de acabar com ela. Essas declarações feriram moralmente, não só os agentes civis, mas nós delegados, que também somos policiais civis”, declarou Lucy Keiko.
O delegado disse que o desvio de conduta de um ou outro policial não pode colocar em xeque toda uma instituição. “A maioria dos policiais civis são pessoas de bem e trabalham para a sociedade. Se um ou outro tem desvio de conduta ele deve ser punido e se preciso até ser expulso, mas isso não pode colocar em xeque o trabalho reconhecido e renomado de toda a Polícia Civil”.
O presidente do Sindicato cita que a Polícia Civil é a instituição que auxilia o Poder Judiciário e tem recebido elogios do Ministério Público e da Justiça pela melhoria dos inquéritos entregues. “A própria Cico [Comissão Investigadora do Crime Organizado] conseguiu investigar casos dificílimos, a atuação forte da Delegacia do Idoso transformou o titular deputado federal e ultimamente a Delegacia de Entorpecentes, com o delegado Samuel à frente, realizando um brilhante trabalho apreendendo mais entorpecentes que a Polícia Militar que tem um contingente bem maior”, afirmou.
Ele reafirma que as declarações são descabidas, mas ferem a moral dos policiais que têm que se explicar junto à população. “Nós temos convicção de que isso não vai acontecer, porque é inconstitucional, mas as declarações deixam nossa moral ferida”, finalizou.
FONTE: cidadeverde.com
0 comentários:
Postar um comentário